Aeronave Sofre Acidente Aéreo em Vinhedo – SP

Acidente Aéreo em Vinhedo

Na tarde de sexta-feira, dia 9 de agosto, um avião com 62 pessoas a bordo caiu em Vinhedo, São Paulo. A aeronave, um ATR-72 da Voepass Linhas Aéreas, partiu de Cascavel, Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos. O acidente ocorreu no bairro Capela, dentro de um condomínio residencial. Infelizmente, não houve sobreviventes.

Confirmação das Vítimas

A Prefeitura de Vinhedo confirmou que todas as 62 pessoas a bordo perderam a vida. No início, a Voepass informou que 61 pessoas haviam morrido, mas no sábado, o número subiu para 62. Além disso, a companhia aérea divulgou a lista completa dos passageiros e tripulantes. Este acidente é o mais mortal desde a tragédia da TAM em 2007, no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 vítimas.

A Operação do Voo

O avião decolou de Cascavel às 11h58 e seguia para Guarulhos. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu normalmente até as 13h20. Porém, às 13h21, a aeronave parou de responder às chamadas da torre de controle de São Paulo. Além disso, o piloto não declarou nenhuma emergência ou enfrentou condições meteorológicas adversas. O contato radar foi perdido às 13h22.

Investigações Iniciais

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão responsável pela investigação, informou que ainda é cedo para apontar as causas do acidente. Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) já estão a caminho de Vinhedo para realizar a “Ação Inicial da ocorrência”.

Aeronave e Suas Condições

A Voepass afirmou que a aeronave estava apta para voar, sem restrições operacionais. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que a aeronave estava em condições regulares para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos. Além disso, os tripulantes possuíam documentação em dia. A Anac também lamentou o acidente e informou que monitorará o atendimento às vítimas e seus familiares.

Hipótese de Acúmulo de Gelo nas Asas da Aeronave

Além das investigações iniciais, especialistas em segurança de voo consideram a formação de gelo nas asas como uma possível causa do acidente em Vinhedo. As aeronaves turboélice, como o modelo ATR-72 envolvido no incidente, operam em altitudes onde a formação de gelo é comum. No entanto, esses aviões estão equipados com sistemas específicos para evitar que o acúmulo de gelo comprometa a sustentação da aeronave.

Condições Meteorológicas e Riscos

Relatos preliminares indicam que havia condições severas para a formação de gelo na rota do voo. Mensagens de áudio atribuídas a pilotos e declarações de um comandante que voou na região reforçam essa hipótese. Apesar disso, as condições meteorológicas adversas, por si só, não impedem a operação de aeronaves como o ATR-72, que possui sistemas para lidar com esse tipo de situação. Portanto, é necessário investigar se houve uma falha no funcionamento desses sistemas ou algum outro fator que contribuiu para o acúmulo de gelo.

Impacto Potencial do Gelo

O acúmulo de gelo nas asas pode ter consequências graves para a capacidade de voo de uma aeronave. Segundo o especialista em segurança aérea Lito Souza, se houver falha no sistema de prevenção de gelo, cristais de gelo podem se acumular na parte frontal das asas, alterando suas características aerodinâmicas. Essa alteração pode dificultar o voo, especialmente em velocidades mais baixas, aumentando o risco de estol, uma condição em que o avião perde sustentação e pode entrar em parafuso.

Estol e Parafuso Chato

O engenheiro aeronáutico Geraldo Portela explica que o acúmulo de gelo no ponto de ataque das asas pode desestabilizar a aeronave, tornando-a mais difícil de controlar. Ele sugere que o avião pode ter entrado em estol, o que levou à perda de sustentação. Esse tipo de estol, associado ao acúmulo de gelo, pode ter causado a queda em um “parafuso chato”, uma condição em que o avião perde totalmente o controle e cai verticalmente.

Importância da Caixa Preta na Aeronave 

As caixas pretas da aeronave, que registram tanto os dados de voo quanto as conversas na cabine, serão fundamentais para esclarecer se o acúmulo de gelo foi um fator determinante no acidente. Como mencionado por Lito Souza, esses registros permitirão que os investigadores analisem a temperatura externa, as trocas de informações entre os pilotos e outros alertas críticos que possam ter ocorrido durante o voo.

Esforços das Autoridades

O governo de São Paulo mobilizou reforços para o local e montou um posto de comando avançado para dar suporte às equipes de emergência. A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o acidente e montou um ‘gabinete de crise’ dentro do condomínio onde ocorreu a tragédia.

Resposta das Equipes de Resgate

As equipes de resgate, incluindo o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Polícia Militar, chegaram ao local logo após o acidente. A Polícia Militar recebeu o chamado às 13h28 e enviou várias equipes para a rua João Edueta, próxima à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324), onde o avião caiu.

Resposta das Entidades Envolvidas

A Voepass Linhas Aéreas acionou todos os meios possíveis para apoiar os envolvidos no acidente. A companhia também disponibilizou um telefone de atendimento 24 horas para fornecer informações aos familiares das vítimas. O Ministério de Portos e Aeroportos lamentou profundamente o acidente e manifestou solidariedade aos familiares das vítimas. Além disso, o Governo Federal acompanha as investigações em curso pelo Cenipa.

Conclusão

Em resumo, o acidente aéreo em Vinhedo representa uma das maiores tragédias aéreas no Brasil nos últimos anos. As investigações para determinar as causas ainda estão em andamento, enquanto as autoridades e a companhia aérea continuam a oferecer apoio às famílias das vítimas. As autoridades seguem monitorando o caso, buscando respostas e formas de evitar futuros acidentes.

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